A ARTE DE DESAGRADAR ALIADOS

Administrar uma cidade não se faz agradando a todos. Tente um gestor agradar a todos, aliados ou não, e o fracasso será certo. Faz-se o que é preciso fazer. Nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal) o fluxo é permanente: ganham-se e perdem-se aliados.

Numa gestão, vejo isso de perto, perder um aliado é muito fácil: bastar contrariar seus interesses.

Dizer um não, mesmo necessário e legal, nunca é bem vindo e pode romper laços antigos e trincar amizades.

Um aumento de salário; pedidos de diárias; pedidos de patrocínios; facilidades burocráticas; um atraso de pagamento; um pedido de emprego negado; a demora na raspagem de uma rua ou na tapagem de um buraco; e, até mesmo, a transposição de filas, além de outras coisas. Tudo pode contrariar interesses e resultar em rompimento.

NA VERDADE, GRANDE PARTE DE QUEM ROMPE QUER RESOLVER MESMO É SEUS PROBLEMAS PESSOAIS E NÃO OS PROBLEMAS DA CIDADE OU DO POVO.

Um bom e habilidoso gestor é obrigado a conviver diariamente com isso; e, se não souber, É PRECISO APRENDER A DIZER NÃO, QUANDO NECESSÁRIO, SOB PENA DE FRACASSAR.

É impossível agradar a todos os aliados. Foi e sempre será assim.

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